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sábado, 8 de julho de 2017

Relato de Parto - o Nascimento da Júlia

Relato de parto: 

 Já na 39ª semana, saí para lanchar com uma amiga e comentei intuitivamente: acho que é minha última saída "de barriga". Nenhum sinal até então da minha bebezuda querer sair do quentinho do meu ventre. 

Era madrugada de domingo 23/04, lá pras 3:45 ao me levantar para ir ao banheiro, senti uma cólica fraquinha e rápida. Seis minutos depois, outra. E mais outra. E mais outra a cada 6 minutos certinhos. Olhava pro meu marido e pensava se deveria acordá-lo. Me perguntava se era aquilo mesmo, tão fraquinho... Resolvi acordá-lo e em 20 minutos já havia aumentado a intensidade. 

Como começou de repente e ritmado, resolvemos ir pra maternidade saber se já tinha dilatação. 
Ainda fui lavar e secar meu cabelo, cortar as unhas entre uma contração e outra (por que não fiz as unhas durante o dia???). Estava extremamente emocionada e feliz. Rodrigo um tanto quanto tenso e igualmente feliz.


Ao ser examinada na maternidade: 1,5cm de dilatação e o colo já apagado. Em 2h evolui pra 4cm. Já me animei e pensei vai nascer lá pras 15h. 
Meu obstetra chegou. As dores cada vez mais intensas, fui pro chuveiro e a água quentinha era como mágica, aliviava incrivelmente as dores. 

Duas horas depois, a dilatação havia estacionado em 4cm, contrações alternando intensidade e duração. Estranho. O que estava acontecendo? A primeira sugestão do meu obstetra, o Dr. Rodrigo (profissional melhor não há - depois conto mais sobre ele), foi estourar a bolsa para estimular as contrações novamente. Tudo pronto para o procedimento e justo na hora a contração ficou mais branda. Intervenção suspensa e ele achou melhor observar que rumo o parto iria tomar. Seguiu assim nas 8 horas seguintes. Contrações fortes e com ritmo totalmente irregular. Segundo ele, isso não é comum, seria como uma 'inércia uterina secundária'. Por qual razão? Não se sabe! 
Voltamos para casa e eu já tinha em mente que quando eu voltasse a chance de uma cesariana seria muito maior. Sem problemas, sem "encanamentos". Sempre mantive o foco no parto natural, mas a mente aberta para qualquer intervenção necessária.



Estava segura do profissional que havia escolhido, que acredita nesse tipo de parto e no respeito aos seres humanos ali envolvidos. 


Lá pras 23h as contrações intensificaram (sim, é isso mesmo, quando você acha que chegou na dor máxima, você descobre que ainda pode piorar) e voltaram a tomar ritmo. 1h da madrugada de segunda-feira retornamos à maternidade. A bolsa rompeu ainda deixando dúvidas, pois a cabecinha da Júlia estava tamponando um pouco. No trajeto de carro até a maternidade cada buraco na rua me fazia ir à lua de tanta dor. Foi preciso parar o carro por 2 vezes. 

Cheguei com 9cm de dilatação. Nem acreditei! 

De volta pro chuveiro, sentada na banqueta. E aí sim entrei na famosa partolândia. Saí de órbita! Dor, cansaço, um nível de 'selvageria' nunca experimentado antes. Meu marido também incansável me dando todo o apoio e amor, respeitando minhas sensações. Tinha hora que não suportava receber um afago, mas a presença dele era o que me dava segurança pra continuar. 

Me vi em várias mulheres, Aurecis, Marthas, Jamilles, Carolinas, Nathalies, todas fortes e inspiradoras. 
Faltava pouco, muito pouco, mas estava exausta. Já eram 6h da manhã. Entendi que uma intervenção seria necessária para não prejudicar minha filha. 

Fui para o centro cirúrgico, foi feita uma analgesia e quando vinha a contração era a hora de fazer toda a força possível. Voltei para a banqueta que faz tipo uma posição de cócoras e ali, abraçada pelo meu marido, senti o momento mais mágico da vida: Minha filha nascendo e vindo para os meus braços. O tempo havia parado. Ficamos ali, os três abraçados e chorando, como se não tivesse mais ninguém ao redor. Rodrigo cortou o cordão umbilical. Pari minha placenta com ajuda do obstetra. Linda! A vi tão rapidamente, mas seu registro ficou na minha mente.

E logo a Júlia voltou para meus braços e tentou mamar um pouquinho. 
Passou pelos cuidados básicos no berçário e ficou no quarto o tempo todo com a gente. Grudadinha, desde as 7:40 do dia 24/04/17 e assim está até hoje. ❤️ .


Acompanhe mais no Instagram @jujuemfamilia

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